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Teixeira de Freitas: Vídeo – Vereador Jonathan Molar denunciou para prefeitura problemas com o gás hospitalar em maio de 2017

Publicado em: 3 de setembro de 2018 Atualizado:: setembro 3, 2018

 

Viviane Moreira \ Verdades Políticas

 

Nossa redação, conseguiu com exclusividade, documentos datados do mês de maio de 2017, onde o vereador Jonathan Molar, denunciou para o então secretário de saúde do município, há época, o Sr. José Arcângelo Deppizol, problemas relacionados ao gás medicinal que estava sendo contratado com o valor muito superior ao que custaria o conserto da usina própria de gás do município, que possui condições de atender a demanda da saúde municipal.

“Em parceria com o Conselho de Saúde, caminhei por boa parte do Sistema de Saúde Pública de Teixeira de Freitas: HMTF, UMMI, UPA, Regulação (marcação de exames), CAPS, CER 4 e Unidades da Rede Básica (postos de saúde).
O objetivo de tais visitas foi o de fiscalizar e relatar os serviços e a infraestrutura oferecida pela Rede Pública Municipal da área da Saúde no município”. Declarou o vereador.

No documento de 09 páginas, datado do dia 09/05/2017 que foi assinado pelo secretário de saúde há época, o vereador relata entre outras denúncias, que: “A usina encontra-se inativa, pois, alguns equipamentos estão quebrados, para tanto, o serviço vem sendo terceirizado. Segundo relato do técnico responsável pelo setor, o conserto ficaria em torno de quarenta mil reais e, por mês, o município paga à terceirizada, de cinquenta à oitenta mil reais, isto é, em um ano, tem-se uma perda de seiscentos à novecentos e sessenta mil reais”.

O vereador Jonathan Molar, teria levantando já neste momento, a suspeita em relação ao alto custo do gás medicinal, sendo terceirizado afim de atender o interesse de alguém.  Durante a sessão da Câmara de Vereadores do dia 19 de abril de 2017, o vereador denunciou ainda para os colegas edis, durante sua fala na tribuna da casa, o problema como comprovado no vídeo abaixo, a partir dos 03:03 minutos

 

O vereador, protocolou ainda a denúncia no Ministério Público Federal, na Defensoria Pública do Estado da Bahia, Ministério Público Estadual, além da prefeitura.

Porém, o custo com o gás oxigênio, denunciado pelo vereador Jonathan Molar, estava relacionado a um esquema monstruoso, onde gás industrial estava sendo vendido como gás medicinal, e, que foi descoberto após o Ministério Público Estadual receber a denúncia e mandar apreender vasilhames de gás oxigênio, usados nas unidades de saúde do município.

Médico faz novas denúncias

Com a Operação deflagrada pelo Ministério Público Estadual e pela Polícia Civil de Teixeira de Freitas no último dia 28 de agosto, onde foi preso e posteriormente solto, Diogo Lemos Dias dos Santos, filho do proprietário da empresa Assis & Rodrigues Ltda-ME, empresa essa, investigada por supostamente fornecer gás medicinal adulterado para unidades de saúde dos municípios de Teixeira de Freitas, a nossa fonte no hospital municipal, afirmou para nossa equipe de reportagem, que a empresa não agia sozinha, e que esse esquema já ocorria desde o ano passado, inclusive com o aval de “figurões” do alto poder municipal. O profissional da saúde relata, que: “Após a visita do vereador juntamente com o pessoal do Conselho Municipal de Saúde no HMTF, o clima foi de tensão entre os responsáveis pelo recebimento e entrega do gás oxigênio. Mas naquele momento, não imaginei que o gás oxigênio medicinal estava sendo trocado por gás industrial, imaginei que a tensão se devia ao alto custo do fornecimento do produto. O esquema era grande, envolvia mais de R$ 01 milhão de reais”.  Concluiu o médico.

Ação do MP prende filho de empresário. Gás industrial estava sendo vendido como gás medicinal 

Uma operação realizada no último dia 28, pelo Ministério Público estadual e pela Polícia Civil na cidade de Teixeira de Freitas, resultou na prisão em flagrante de Diogo Lemos Dias dos Santos. Ele foi preso na sede da empresa Assis & Rodrigues Ltda-ME, investigada por supostamente fornecer gás medicinal adulterado para unidades de saúde dos municípios de Teixeira de Freitas, Alcobaça, Caravelas, Ibirapuã e Vereda. Foram apreendidos cilindros de oxigênio adulterados.

Coordenada pelo promotor de Justiça George Elias Pereira em parceria com o delegado Ricardo Amaral, a operação cumpriu mandado de busca e apreensão, expedido pelo juiz Antônio Lopes Filho. Em depoimento, Diogo Lemos Dias se declarou responsável pelos serviços contábeis e pela emissão de notas fiscais da empresa, cujo proprietário é seu pai, Izaias Rodrigues da Silva. Ele afirmou também que Izaias da Silva estaria em viagem fora do país.

Segundo as investigações, a empresa teria fornecido às unidades de saúde, como o Hospital Municipal de Teixeira de Freitas e a Unidade Municipal Materno Infantil, cilindros de oxigênio industrial como se fossem de oxigênio medicinal. Para realizar a fraude, a empresa teria comercializado cilindros com lacres distintos dos selos identificadores e pintado de verde cilindros originalmente pretos. Conforme o promotor, normas do Inmetro estabelecem, para diferenciar os produtos, que o oxigênio medicinal deve ser acondicionado em cilindro verde, enquanto o oxigênio industrial em cilindro preto.

Diogo, foi solto no dia seguinte a operação.

 

 


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