O governo do atual prefeito Temoteo Alves de Brito (PSD), e que tem como Secretário de Educação e Cultura Hermon Freitas vem acumulando pontos negativos quando o assunto é educação pública da rede municipal. Com 11 escolas fechadas desde o início do mandato e nenhuma construção sendo realizada, essa gestão passa recentemente a ter mais um recorde, o número de obras paralisadas e que não foram inauguradas no seguimento de creches.

No dia 12 de junho a equipe de reportagem da APLB – Sindicato visitou as creches, do Colina Verde, Estância Biquíni, João Mendonça e Liberdade II.

Nossa equipe de reportagem visitou quatro creches em bairros diferentes para saber se isso vem ocorrendo em apenas uma das unidades ou se esse abandono das obras é algo comum a todas as creches visitadas em processo de construção. Depois de terminada as visitas e após o relatório, pode-se descrever que é a prática com que essa gestão vem tratando todos os seguimentos da educação.

A creche do João Mendonça se encontra em melhores condições que as demais. O prédio esta muito conservado foi colocado vidro, até mesmo o exaustor da cozinha já se encontra instalado. “Como a assistência não foi realizada a unidade foi saqueada por pessoas do próprio bairro que chegaram a levar um caminhão de coisas. Ela estava pronta para ser inaugurada, mas por conta dos constantes saques não tem estrutura para iniciar as aulas” – disse uma moradora que prefere não se identificar.

A do bairro Colina Verde, também poderia estar atendendo 224 alunos/as e servindo a comunidade. Com salas arejadas o terreno é amplo e com lugares adequados para receber as crianças, mas ao invés disso, se tornou um motel e local para usar drogas. Mesmo com a corrente no portão, os vândalos entram e chegam a incomodar a escola que se encontra ao lado.

Em situação pior está a construção do Liberdade II, pois como a rua apresenta uma iluminação ruim, faz com que moradores sejam assaltados no local. Além disso, é praticamente um banheiro público, ao ponto dos urubus fazerem sua morada e ficarem no portão de entrada.

“É um desperdício do dinheiro público, pois essas unidades poderiam estar atendendo a comunidade. Infelizmente o que encontramos é uma mistura de descaso, incompetência e abandono. Enquanto isso, as mães solteiras que trabalham do outro lado da cidade colocam os filhos/as mais velhos/as para tomar conta dos demais ou entregam a um parente mais próximo. Esse é o problema, as mulheres trabalham tomando conta do filhos/as dos outros, mas quem toma conta dos filhos/as delas? Uma forma de diminuir o problema seria a entrega dessas unidades, mas pelo visto isso não irá ocorrer tão cedo” – relatou a professora Brasília a nossa equipe de redação.

Informações APLB