Publicado em: 15 de março de 2019 Atualizado:: março 15, 2019
Viviane Moreira \ Verdades Políticas
Nossa equipe de reportagem foi surpreendida na manhã de sexta-feira, (15), com um anúncio de uma venda de imóvel através de uma rede social, localizado no Residencial Santos Guimarães no bairro Colina Verde em Teixeira de Freitas.
O imóvel, que é financiado pela Caixa Econômica, através do “Programa Minha Casa Minha Vida” do Governo Federal, está sendo anunciado pelo valor de R$ 12.000,00 (doze mil reais), sendo possível ainda segundo o anúncio, ser trocado por um veículo.
Na postagem, internautas revoltados criticam a atitude do vendedor:
“Poxa, ganhou a casa, e pelo jeito tem condições, tanta gente precisando fez a cadastro e não ganhou,e vc foi sortudo, foi contemplado agora ta fazendo esse papel, faz isso não..” Declarou uma internauta.
A situação, não se estende apenas para o Residencial Santos Guimarães, no mesmo bairro, no Residencial Antônio Costa Filho, é possível encontrar também imóveis a venda pelo valor entre R$ 10 a 15 mil reais.
“Tem tanta gente precisando de casa. E logico que este ai não precisava. Mas infelizmente aqui a mal fiscalização dar realmente casas pra quem não precisa.” Concluiu outro internauta.
Segundo o site da Caixa Econômica Federal, os beneficiários enquadrados na Faixa 1 do Programa – famílias que ganham até R$ 1,8 mil mensais – não podem vender ou alugar o imóvel antes de terminar o prazo do financiamento, que é de 10 anos.
Ainda segundo a Caixa Econômica Federal, que quem vende ou aluga imóveis do “Minha Casa, Minha Vida” fica obrigado a restituir integralmente os subsídios recebidos. Já quem adquire irregularmente, perderá o imóvel. Além disso, caso fique comprovada a ocupação irregular do imóvel por terceiros, a Caixa protocola notícia-crime na Polícia Federal e adota medidas judiciais cabíveis.
Na Faixa 1, que é o caso do Residencial Santos Guimarães, o financiamento é realizado em até 120 meses, com prestações mensais que variam de R$ 80,00 a R$ 270,00, conforme a renda bruta familiar. A garantia para o financiamento é o imóvel que a pessoa adquiri.
Nossa equipe de reportagem esteve nos dois residenciais e recebeu a denúncia por parte de moradores que cerca de 30% dos beneficiários das casas do projeto, sequer habitaram os imóveis. Relataram ainda, que desse percentual, a sua grande maioria pertence a apadrinhados políticos, e até mesmo empresários da cidade.