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Teixeira de Freitas: Advogado Danilo Úngaro, que matou 01 e feriu 02, em liberdade, tenta retardar julgamento

Publicado em: 9 de agosto de 2017 Atualizado:: agosto 10, 2017

 

Viviane Moreira \ Verdades Políticas

 

O advogado Danilo Úngaro, que assassinou a tiros no último dia 19 de agosto de 2014, Nelson Gonçalves Guimarães Filho, 48 anos, e atentou ainda contra a vida de Rogéria Guimarães Zatta, (esposa da vítima) e Juliano Guimarães Silva, tem usado estratégias para retardar ao máximo o julgamento do processo.

Segundo informações, o advogado homicida, arrolou em sua defesa 08 (oito) testemunhas, enquanto seu pai, Jadir Úngaro, arrolou em sua defesa 24 (vinte e quatro) testemunhas, sendo elas, de cidades e estados distintos, as quais podemos destacar: Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná. As testemunhas arrolados, não possuem qualquer relação com o ocorrido.

Entenda o caso

Danilo Úngaro, foi preso em flagrante no último dia 19 de agosto de 2014, por uma guarnição da CAEMA, após ter invadido um escritório de gerenciamento de fazendas de café, sediado no centro comercial de Teixeira de Freitas e matado Nelson Gonçalves Guimarães Filho, e ferido a tiros a sua esposa Rogéria Guimarães Zatta e ferido ainda Juliano Guimarães Silva, (sobrinho da vítima), em decorrência de uma discussão fútil, sobre um contrato de parceria de colheita de café.

Após a ação criminosa, Danilo Úngaro, evadiu-se em fuga, sendo capturado por militares da CAEMA na BR 101, nas proximidades de Posto da Mata\Nova Viçosa, ainda com a arma e os carregadores usados para cometer o homicídio.

No dia do crime, o  pai de Danilo Úngaro, identificado como sendo Jadir Úngaro, ajudou diretamente o filho a realizar a ação criminosa. Segundo o delegado à época, Jadir, além de não impedir o filho, segurou a porta para que a vítima não conseguisse fechar. Jadir Úngaro, se apresentou com advogado na Delegacia de Polícia, contudo, nunca foi preso.

Posteriormente, pela prerrogativa de ser advogado, Danilo Úngaro, conseguiu junto ao Tribunal de Justiça da Bahia, por meio de Habeas Corpus, uma prisão domiciliar na cidade de Pirangi/ SP, sendo a prisão revogada meses depois, colocando assim, o criminoso em plena liberdade.

As vítimas, ingressaram com pedido de reparação junto a 1ª Vara Cível de Teixeira de Freitas, tendo o magistrado concedido pensão provisória em favor da viúva da vítima, Rogéria Zatta e seus filhos, contudo, os criminosos não cumpriram a decisão, o que gerou inclusive a prisão civil de Danilo Úngaro, sendo esta decisão revogada poucos dias depois pelo TJBA.

Nessa conjuntura, passado-se quase 03 anos, nada foi resolvido, estando os assassinos em liberdade e praticando atos na tentativa de retardar o máximo o julgamento do processo, enquanto as vítimas continuam a amargurar em busca de justiça.

Atualmente a 1ª Vara Civil de Teixeira de Freitas encontra-se sem juiz, o que vem gerando, inclusive, mobilização da classe dos advogados junto ao Tribunal de Justiça da Bahia.

Sofrimento e Perda

Após a saída de Danilo Úngaro do Conjunto Penal de Teixeira de Freitas, cinco meses após o crime, a viuvá de Nelson, Rogéria Zatta, declarou emocionada em entrevista à repórter Viviane Moreira.

“Eu tenho muita fé em Deus e acredito que a justiça ainda vai ser feita. Meu esposo era um servo de Deus, uma pessoa evangélica, e eu acredito que o que ele ( Danilo) fez, vai pagar. Na verdade temos confiar na justiça de Deus porque a justiça daqui é falha. Fui baleada no braço, perdi o movimento do mesmo e não consigo esticá-lo e nem virar a palma da mão e levei ainda um tiro nas costas. Fiquei entre a vida e a morte. Meu baço foi retirado, tive perfuração no pulmão, duas perfurações no estômago e fraturei a costela. Estou viva por um milagre, porque Deus permitiu que eu vivesse. É muita revolta, revolta inclusive de meus filhos, (um menino e uma menina) que foram privados de ter a companhia do pai ao lado deles. Mas tenho fé no Deus que eu sirvo e acredito que a justiça ainda irá ser feita”. Concluiu Rogéria.

Juliano Guimarães, sobrinho de Nelson, também falou sobre a situação.

“ Fui baleado no braço e no tórax e tive meu pulmão perfurado, a recuperação física está sendo difícil, pois ainda não recuperei os movimentos completos da mão. Dois nervos do meu braço foram danificados e não se recuperam tão rápido. Mas, a recuperação mais difícil, é superar o trauma daquela situação horrível, que tirou a vida de meu tio. É um sentimento de tristeza, por que no País onde uma pessoa faz o que ele fez  e cinco meses depois sai pela porta da frente do presídio, fica parecendo que não há justiça, que não há lei. A gente se sente inseguro morando em um País desse. Isso nos entristece“. declarou.

 

 

 

 

 

 

 

 


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