O mercado financeiro estima um novo aumento nesta quarta-feira (29) – ou seja, um ‘choque de juros’ -, com a taxa selic, que está em 12,25% ao ano, chegando a 13,25% também ao ano, e atingindo, ainda em 2025, o maior nível em quase duas décadas. Os economistas acreditam que a taxa de juros pode chegar a 15% ao ano em junho de 2025.

A data marca a primeira reunião sob comando do novo presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo e, de acordo com informações do g1, contará com diretores do Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa, caso atinja as expectativas do mercado, será a maior desde 2006, há 19 anos, no fim da primeira gestão do governo Lula.

O aumento dos juros é feito pelo BC para evitar pressões inflacionárias que afetam, principalmente, as pessoas mais pobres. A variação oscila conforme o sistema de metas, e, assim, caso estejam alinhadas, abaixam os índices, mas se estiverem altas, tentam manter ou aumentam.

O sistema de meta contínua projeta para 2025 o objetivo em 3% e deverá ficar na média entre 1,5% e 4,5%. Em 2024, ela ultrapassou o teto, somando 4,83%. As consequências demoram de seis a 18 meses para terem impacto concreto na economia. Por isso, o BC já estima alvos para o primeiro semestre de 2026.

Dentre os fatores que podem ter influenciado na alta, estão: eventos climáticos, como queimadas, secas, e a alta do dólar. Além disso, o fortalecimento da atividade econômica tem levado o desemprego a registrar mínimas históricas.