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Problemas técnicos impedem operação de hospital de campanha em Teixeira de Freitas

Publicado em: 8 de junho de 2020 Atualizado:: junho 8, 2020

 

Vinte respiradores chegam à Teixeira de Freitas, mas faltam outros equipamentos para UTIs

O hospital de campanha da cidade de Teixeira de Freitas, localizada no extremo sul da Bahia, recebeu, no último sábado (6), 20 novos respiradores doados pelo governo do estado e por duas empresas. Contudo, problemas técnicos na unidade de saúde causaram o adiamento do início das operações. A expectativa, segundo o governo do estado, é que a situação seja resolvida nos próximos dias e que o hospital comece a operar ainda nesta semana.

A abertura do hospital de campanha estava prevista para a última sexta-feira (5), porém os 20 respiradores só foram entregues no último fim de semana. Destinado para pacientes graves da Covid-19 do extremo sul, a unidade foi montada no estacionamento do Hospital Municipal de Teixeira de Freitas a partir de uma parceria de empresas com o governo da Bahia.

Respiradores chegam a hospital de Teixeira de Freitas, na Bahia — Foto: Secom/Governo da Bahia

Respiradores chegam a hospital de Teixeira de Freitas, na Bahia — Foto: Secom/Governo da Bahia

Em live realizada na noite desta segunda-feira (8), o governador da Bahia, Rui Costa, afirmou que um compressor não suportou alimentar a UTI e um outro equipamento foi enviado para Teixeira de Freitas. Rui Costa acredita que, até sexta-feira (12) o hospital de campanha vai estar em funcionamento.

“Estamos finalizando, recebemos os 20 respiradores de doação da Suzano. O compressor de gases lá do hospital não suportou alimentar a unidade de UTI. Mandamos hoje um compressor lá para Teixeira de Freitas. Amanhã está sendo instalado. Vamos abrir 20 leitos de UTI ainda essa semana. Mandamos equipamentos e hoje o compressor, para amanhã e quarta-feira finalizar as instalações, resolver esse problema técnico. Para quinta ou sexta-feira, a UTI começar a funcionar”, disse Rui Costa.

Mais cedo, na manhã desta segunda, o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, também comentou a situação do hospital.

“Os respiradores que o hospital de campanha recebeu, os dez de transporte, são equipamentos robustos, que servem para a ventilação de pacientes em UTI. Hoje, se houver necessidade de ocupar os 20 leitos, os 20 estarão operacionais. Os demais equipamentos já foram enviados pelo governo do estado. Mas existe um problema estrutural, que estamos com problemas para viabilizar nos últimos dias, que é a conexão com a rede de oxigênio do Hospital Municipal de Teixeira de Freitas. Esse hospital foi montado no estacionamento, e a empresa responsável por isso depende de um ajuste no compressor”.

“Fora isso, pretendemos abrir o hospital de Teixeira de Freitas essa semana, mas também já providenciamos a ampliação de leitos em Eunápolis, 10 leitos de UTI, e Porto Seguro, mais dez leitos de UTI, para fazer frente a esse surto que está acometendo Itamaraju, Teixeira de Freitas, Cabrália, Porto Seguro e Eunápolis”, pontuou Vilas-Boas.

O secretário de Saúde de Teixeira de Freitas, Hebert Chagas, afirma que faltam equipamentos para a unidade de saúde começar a operar.

“Nós temos o exemplo da bomba de infusão. Estamos aguardando essa bomba de infusão, que é importantíssima para funcionamento da UTI, e também compressor, que é responsável para jogar oxigênio para leitos de UTI. Sem esse compressor e as bombas de infusão, o município não consegue gerir essa unidade de UTI em Teixeira de Freitas”, afirma Hebert Chagas.

O Hospital Municipal de Teixeira de Freitas está com seis pacientes internados em leitos clínicos e tem taxa de ocupação de 60%. Na UTI, não há mais leitos disponíveis.

De acordo com o último balanço divulgado pela prefeitura de Teixeira de Freitas, nesta segunda-feira, a cidade tem 413 casos confirmados da Covid-19. Duas pessoas morreram.

Teixeira de Freitas integra o grupo de municípios baianos do extremo sul que tiveram aumento na taxa de contaminação da Covid-19 na última semana. Por conta da situação, o governador do estado, Rui Costa, determinou medidas mais restritivas nestas cidades, a exemplo do toque de recolher.


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