Publicado em: 26 de março de 2022 Atualizado:: março 26, 2022
A inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) voltou a dar sinais de força e ficou acima das projeções de analistas em março.
Neste mês, o índice teve alta de 0,95%. É a maior taxa para o período desde 2015 (1,24%), informou nesta sexta-feira (25) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O resultado foi puxado pela carestia de alimentos, cuja produção sofreu efeitos do clima adverso no começo do ano.
O IPCA-15 também já refletiu os impactos econômicos da fase inicial da guerra na Ucrânia, que elevou as cotações do petróleo e, assim, gerou mega-aumento de combustíveis no Brasil.
Na mediana, analistas consultados pela agência Bloomberg esperavam avanço de 0,85% para o IPCA-15. Em fevereiro, o indicador havia registrado alta ainda maior, de 0,99%.
Com a entrada do novo dado, o IPCA-15 acumulou inflação de 10,79% em 12 meses até março. Nessa comparação, trata-se do sétimo mês consecutivo com taxa de dois dígitos. Ou seja, a inflação está acima de 10% desde setembro de 2021.
A alta de 10,79% é a maior para o acumulado desde fevereiro de 2016 (10,84%). O IPCA-15 estava em 10,76% nos 12 meses até fevereiro de 2022.
TODOS OS GRUPOS SOBEM NO MÊS
Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE tiveram alta de preços em março. O principal impacto (0,40 ponto percentual) e a maior variação (1,95%) vieram de alimentação e bebidas. O segmento acelerou frente ao mês anterior (1,20%).