A Polícia Civil de Teixeira de Freitas, coordenada pela delegada Valéria Chaves, prendeu nesta terça-feira, 19 de maio, na cidade de Nova Viçosa, o acusado de te matado no dia 28 de janeiro deste ano, a extrativista, Rosane Silveira Santigo, de 59 anos, dentro de sua casa localizada na Estrada do Barreiro, no Centro da cidade.

Há 18 anos vivendo em Nova Viçosa, onde lutava para criar uma associação de proteção da Ilha de Barra Velha – área de reserva ambiental extrativista –, além de denunciar a exploração na região, ela integrava o Conselho da Reserva Extrativista de Cassurubá.

O corpo de Rosane, ou Rô Santiago, como era popularmente conhecida, foi encontrado sobre a cama com os pés e mãos amarradas, um pano em volta do pescoço e com marca de tiro na nuca.

Assim que tomou conhecimento do crime, a polícia civil iniciou as investigações realizando oitivas de várias pessoas, bem como a realização de pericias em local de crime, necropsia, e medidas cautelares necessárias.

Com o evoluir das investigações, a polícia descobriu que o celular da vítima havia sido levado possivelmente pelo autor do crime, e também foi identificado que o mesmo estava sendo utilizado por Gilson Ferreira Lago, morador de Nova Viçosa e primo do autor do crime.

Assim que a polícia identificou a pessoa que estava de posse do celular, o delegado Bruno Ferrari, que comandou a investigação, e sua equipe, conduziram Gilson até a delegacia de Nova Viçosa onde o mesmo confessou que comprou o telefone de seu primo Alexandre Ferreira Vieira.

A polícia então conduziu Alexandre até a delegacia e após interrogatório o mesmo entrou em contradição com o que foi dito por Gilson, sendo necessário uma acareação entre os mesmos.

Em novo interrogatório, Alexandre confessou o crime e disse que entrou na casa da ativista para roubar, pois é usuário de drogas “pulei o muro e entrei na casa, depois de jogá-la na cama e amarrá-la eu já estava saindo quando ela começou a gritar, virei e dei um tiro na cabeça dela”, disse o acusado a nossa reportagem.

Alexandre disse que é pai de três filhos, o mais novo é uma menina de apenas dois anos e que a arma usada ele pegou emprestada de um amigo identificado por Tales Henrique Marcelino do Nascimento.

Trechos do depoimento de Alexandre;

Que a arma foi recuperada na casa da pessoa indicada como proprietário da arma de fogo pelo investigado Alexandre;

Que não encontrou nenhum dinheiro na casa de Rpsane; Que apenas subtrair o seu aparelho celular;

Que vendeu o celular, dias depois para seu primo Gilson.

Que este não tinha conhecimento de tratar-se de produto de crime.

Alexandre foi preso com pedido de Prisão temporária e Tales Henrique Marcelino do Nascimento foi preso por Posse Ilegal de arma de fogo. Os dois estão detidos na carceragem da 8ª Coorpin a disposição a justiça.

Neuza Brizola / BES