O crime aconteceu no último dia 26 de agosto, na rua Ipiranga, região central de Teixeira de Freitas, quando após uma discussão de trânsito, o motorista de aplicativo Edinardo Viana Chácara, o “Nardim”, de 42 anos, acabou aplicando um golpe de canivete em Roberto Bozan, 43.

Logo após ser golpeada a vítima foi socorrida ao Hospital Municipal de Teixeira de Freitas (HMTF), onde permaneceu internada por cinco dias, vindo a óbito na noite da última terça-feira, 1º de setembro.

No último dia 27 de agosto, o empresário Robson Morais Pereira, testemunha do crime, compareceu à Delegacia Territorial de Teixeira de Freitas (DT), onde relatou em depoimento que ele e a vítima Roberto Bozan, estavam descarregando um caminhão na rua Ipiranga, momento que outro veículo de carga estacionou no outro lado da via, provocando a interrupção do tráfego.

“Colocamos o caminhão mais na frente e nesse momento passou o motorista de aplicativo “99”, xingou e proferiu palavras de baixo calão contra Roberto, que ficou irritado e foi iniciada uma discussão. Ele (Edinardo) saiu e disse que voltaria. Quando voltou foi iniciada uma troca de farpas e o motorista aplicou um golpe no coração de Bozan”, contou.

Ainda segundo a testemunha o motorista de aplicativo retirou os adesivos do carro antes de cometer o crime e teria comprado a arma no Mercado Municipal de Teixeira de Freitas. “Ele premeditou o crime, tanto que voltou armado”, relatou.

Apresentação

Na tarde desta quinta-feira, 3 de setembro, acompanhado do seu advogado Marióstenes Costa, o assassino Edinardo Viana Chácara, o “Nardim”, de 42 anos, se apresentou ao delegado Bruno Ferrari, da pasta de homicídios da 8ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin/Teixeira de Freitas) e alegou legítima defesa. “Nardim”, que antes de trabalhar como motorista de aplicativo já havia atuado por cerca de 10 anos como mototaxista, também refutou a informação de premeditação do crime. “Durante a briga eu peguei o canivete que já estava na porta do carro e por acidente acabei acertando ele [Roberto Bozan]”.

Por apresentar-se espontaneamente à polícia, Edinardo Viana Chácara, o “Nardim”, de 42 anos, vai responder o crime em liberdade. Nos casos de crimes contra a vida os autores têm que enfrentar julgamento popular e em caso de condenação a pena pode chegar a 30 anos de reclusão.

Teixeira Hoje