Publicado em: 19 de fevereiro de 2020 Atualizado:: fevereiro 19, 2020
Mestre do terror brasileiro, José Mojica Marins, o Zé do Caixão, que morreu aos 83 anos em São Paulo, dirigiu 40 produções e atuou em mais de 50 filmes ao longo da carreira.
Seu interesse pelo cinema de terror escatológico começou nos anos 1950, mas foi em 1964, com o filme “À meia-noite levarei sua alma”, que ganhou o apelido de Zé do Caixão.
Seu personagem mais famoso, um agente funerário sádico, ainda aparece em “Esta noite encarnarei no teu cadáver” (1967), “O estranho mundo de Zé do Caixão” (1968), e “Encarnação do demônio” (2008).
As produções viraram referências do terror no Brasil e se tornaram populares também nos Estados Unidos.
Em 2015, Mojica foi tema de uma exposição no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo. A mostra celebrou os 80 anos do cineasta e reuniu raridades de sua produção.
Zé do Caixão também trabalhou em filmes de aventura, faroeste, pornochanchada, e influenciou o movimento do cinema marginal nos anos 1960.
Até no carnaval Mojica foi celebrado. Em 2014, ele desfilou em um carro da escola Rosas de Ouro no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo.
“Nunca gostei de carnaval. Não faz muito minha praia”, disse, na época, em entrevista ao G1. “Acho um pouco cansativo o desfile, mas se é para o bem de São Paulo, então concordo em desfilar.”