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Jerônimo Rodrigues diz que governo terá sua cara e trará mudanças ao secretariado para não ‘criar limo’

Publicado em: 7 de novembro de 2022 Atualizado:: janeiro 4, 2023

O governador eleito do estado da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), informou na manhã desta segunda-feira (7), em entrevista ao Programa Acorda Cidade, que dará início a partir de hoje ao grupo de trabalho que irá promover à transição de governo.

De acordo com o governador eleito, no último fim de semana, os sete nomes que compõem a equipe foram publicados no Diário oficial do Estado. O grupo será coordenado por Jerônimo Rodrigues e o vice-governador eleito, Geraldo Júnior.

“É uma comissão enxuta. Eu sei sentei com Rui, combinei que ele indicaria. É uma equipe de sete pessoas, tem três dele e quatro meus. Eu vou coordenar junto com Geraldo Júnior, e tem uma equipe de governo, como os Marcus Cavalcanti, que é secretário, Caetano, que coordenou minha campanha, Adolfo, Fábia Reis, Roberta, de Feira de Santana, que é chefe de gabinete da Sesab [Secretaria de Saúde do Estado]. E esse grupo vai chamar as áreas, por exemplo, Segurança Pública, e vamos ter um grupo de trabalho, para poder nesses próximos 15 ou 20 dias para a gente esmiuçar e traduzir o que será a partir de 1º de janeiro, o que vou fazer. Nós já temos um programa de governo, agora é destrinchar isso, para a gente fazer os investimentos”, afirmou.

Segundo Jerônimo Rodrigues, ele irá buscar dar a sua cara ao novo governo, avançando em diversas áreas, como a fila de regulação da saúde.

“Eu vou precisar dar um avanço em um conjunto de áreas. Nós já fizemos muito com Wagner e Rui, mas é um novo governo. Embora eu faça parte do grupo político deles, não posso fazer um governo do tipo ‘café morno’. Meu pensamento é fazer um governo proeminente, tenho que dar a minha cara ao governo, dar minhas características, como Rui. Todo mundo se lembra quando ele foi eleitor e todos falaram que seria uma continuidade de Wagner, mas Rui deu cara própria ao governo. E eu tenho que fazer isso. Então essa comissão vai levantar as informações. Nós temos que resolver o problema da regulação. A Segurança Pública, o Lula me garantiu em um encontro com ele semana passada, que vai fazer uma agenda firme nessa área. O que vamos fazer para melhorar a Educação? Então, junto com minha equipe de secretários, vamos ter que dar um salto qualitativo para que a Bahia entenda que elegeu um governador com a responsabilidade de transformar a vida das pessoas”, destacou.

Novo secretariado

Acerca dos nomes da equipe de secretários que irá compor o próximo governo, Jerônimo Rodrigues preferiu não adiantar nomes, mas garantiu que haverá mudanças para oxigenar a gestão.

“Na coletiva que eu fiz na semana passada, na governadoria, quando tratamos da transição, eu combinei com a imprensa que o que sair de nomes nesses próximos 15 ou 20 dias é fake. Eu pedi uma trégua para que eu primeiro possa saber o que irei fazer a partir do 1º de janeiro. Então não vou tratar de nomes nestes próximos 15 dias. Já vou maturando os nomes, é fundamental. Também estarei em consonância com o Lula, porque ele levando alguns nomes da Bahia, é possível que esses nomes, como Rui, Wagner, se passam a ser ministros, podem levar alguns nomes que compõem nossa lista de secretários, mas eu posso alertar que vou fazer mudanças nas secretarias. Temos 16 anos no governo, e alguns nomes já tem 8 anos, 4 anos, e isso às vezes cria limo, e no governo, quando uma pessoa passa muito tempo, a gente não oxigena, e eu preciso oxigenar as pessoas para dinamizar nossas ações. Acredito que nestes próximos 15 ou 20 dias já terei nossas inovações”, informou.

O governador eleito deixou claro que não irá baixar a guarda, mas que ouvirá as sugestões de deputados, senadores e ex-governadores do grupo. No entanto, garantiu que a escolha final será dele.

“Lula me garantiu que vai dinamizar algumas áreas, como turismo, cultura, combate à fome, geração de emprego, então estou aguardando, porque está em consonância a minha equipe com a de Lula, para podemos desenhar a reforma administrativa, em função do que eu quero fazer na Bahia e do que o Lula aponta, para facilitar a captação de recursos. (…) Os partidos vão indicar nomes, vou acolher sugestões, mas se os nomes que vierem não estiverem em consonância, combinados com o perfil que eu preciso para avançar nas políticas públicas, vou devolver o currículo e dizer que me sugira outro porque este não tem o perfil que eu preciso. Serei muito franco, e não posso exagerar em um pecado de não conversar com os partidos e lideranças políticas, mas eu não vou baixar a guarda. Vou ouvir os partidos, os dois ex-governadores, mas a decisão é minha, não abrirei mão desse lugar, eu sei o governador”, reiterou.

Segurança Pública

Com relação à Segurança Pública no estado, Jerônimo Rodrigues informou que há um mês e meio, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva teve uma reunião com governadores, estudiosos do tema, policiais e pessoas dos Direitos Humanos.

“Dali saíram três possibilidades: uma dela é entender o que tem que ser feito em relação ao Estatuto do Desarmamento. A sociedade se armou três vezes mais nesses últimos quatro anos, então tem gente com arma na mão, e tem uma lei e um estatuto que regulamenta, mas não podíamos ter feito a sociedade se armar, e essa é uma coisa que o governo federal tem que tratar com estados e municípios. Depois, ele disse que trará uma política nacional de segurança pública, por exemplo, precisamos travar as fronteiras, pois o crime organizado vai se movimentando de acordo a inteligência deles, hora em São Paulo, hora na Bahia, e a gente tem que ter uma defesa da Marinha, do Exército, da Aeronáutica, junto com os estados segurando a passagem de drogas e de armas nas fronteiras, e em seguida fortalecer o ministério com orçamento, ajudando estados e municípios. Então essa frente coaduna com a gente, para fortalecer o nosso tratamento com a inteligência, tecnologia, e com equipamentos seja de proteção do trabalhador, mas também de valorização do profissional de segurança pública. Então vou puxar isso para minha mesa, garantir que a Bahia tenha uma cultura de paz e tranquilidade”, salientou.

Educação

Uma das suas missões de governo, segundo Jerônimo Rodrigues, é a área da Educação. De acordo com ele, terá a responsabilidade de garantir junto com os prefeitos e pensadores da educação, uma escola de qualidade.

“Sou um educador, professor, que vai cuidar não só da educação da rede estadual, mas também da rede municipal e da parceria com a educação superior. Eu tenho essa missão e podem saber que vou cuidar dos empregos, meio ambiente, turismo, cultura, mas como educador sei quanto é importante a educação na vida das pessoas”, enfatizou.

Uma das metas para o próximo governo, conforme Jerônimo Rodrigues, é aumentar o número de unidades escolas com ensino em tempo integral.

“Temos um papel fundamental na questão da escola em tempo integral. Nós sabemos o que significa um estudante chegar à escola de manhã, fazer a refeição, ir para a sala de aula, laboratório, área de lazer, almoçar meio-dia, e continuar. Porque na condição de pai e de mãe, a gente não acompanha e, às vezes, não temos condições de ajudar nossos filhos a fazer um exercício de casa, porque a gente não acompanha diariamente os conhecimentos, as informações, e quando a escola se compromete a oferecer o tempo integral a própria escola ajudar os estudantes a fortalecer os exercícios que ele faria em casa. Então nós precisamos, primeiro, ter uma escola que possibilite um funcionamento em tempo integral, com quadra coberta, laboratórios, restaurante bom. Junto com Rui, na minha gestão de secretário, as que Rui entregou e as que eu vou entregar já serão 600, das que temos, que são 1.200. Então cheguei com a missão no meu programa de governo de chegar a esse total”, explicou.

Para que o programa de ampliação do ensino em tempo integral tenha efetividade, conforme o governador eleito, será preciso estabelecer essa cultura entre os estudantes desde a educação infantil.

“Vai ser fundamental a gente fazer um encontro de contas com as prefeituras, porque a educação em tempo integral ela já precisa ser iniciada desde a fase infantil. A prefeitura precisa oferecer isso já para criar uma cultura e não ser um castigo para o estudante. Tem que ser um prazer, tanto para o servidor, quanto para os professores, e para os estudantes. Então vamos fazer a nossa parte do ensino médio e fundamental, mas é preciso que as prefeituras também iniciem este modelo para que o estudante se acostume desde pequeno a permanecer na escola 7 ou 8 horas por dia”, concluiu.

Fonte: Acorda Cidade


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