Publicado em: 19 de junho de 2017 Atualizado:: junho 19, 2017
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se posicionou de forma contrária ao pedido de arquivamento do inquérito contra o presidente Michel Temer, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). O posicionamento foi feito em um parecer entregue na noite desta segunda-feira (14). O pedido de arquivamento do inquérito foi apresentado na última semana pela defesa de Temer, sob o argumento que não há elementos probatórios para justificar a apresentação de uma denúncia. “A despeito dos respeitáveis argumentos ofertados pela defesa do requerente, o pleito não merece acolhimento”, disse Janot, que ainda argumentou que só vai analisar o pedido mais a fundo quando receber a conclusão das investigações da Polícia Federal. A partir do recebimento deste material, Janot vai decidir se pede o arquivamento ou se apresenta a denúncia. “Assim, considerando que os autos do inquérito ainda não aportaram a esse Tribunal — já que ainda não foi finalizado o prazo assinalado, a Procuradoria-Geral da República aguardará o recebimento das peças de informação para analisá-las, juntamente com os argumentos aqui expendidos”, escreveu o procurador. A Polícia Federal, também nesta segunda, pediu mais tempo para concluir as investigações sobre o presidente. O ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato no Supremo, incialmente, deu dez dias para conclusão, depois concedeu mais cinco dias, e agora, ele vai analisar se estende mais o prazo. O prazo é curto por envolver réu preso. No caso, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) e de Roberta Funaro, irmã do operador Lucio Funaro. Eles são alvo do mesmo inquérito e, junto com Temer, são investigados por crime de obstrução à justiça, corrupção passiva e participação em organização criminosa.