A rede municipal de educação de Itabela tem 17 escolas e 400 professores. De acordo com o Sindicato dos docentes, a categoria reivindica melhorias nas escolas, pagamento de benefícios e direitos trabalhistas.

“Nós temos escolas que estão passando por transtornos terríveis. Escolas que, quando chove, os nossos alunos não ficam dentro das escolas. As salas de aula molham. As escolas são inundadas. Nós temos uma merenda escolar que não funciona bem também. É servido mais biscoito com suco”, contou a professora Josefa Jocivalda Pereira.

Segundo a categoria, a prefeitura recebeu R$ 34 milhões de precatório do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) em julho do ano passado. Uma lei municipal destinava 60% deste recurso à valorização dos professores e os outros 40% a investimentos na área da educação. No entanto, de acordo com os professores, nenhum valor foi repassado a eles.

“O próprio Tribunal de Contas do Município (TCM) diz que o professor não tem direito, mas que, se tiver a lei municipal que ampara, sim, tem como resolver a situação. O prefeito vetou essa lei, mas nós temos 11 vereadores. Conseguimos com eles derrubar o veto do gestor e o projeto continua valando”, disse Valtim Lima, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB).