
Publicado em: 11 de fevereiro de 2025 | Atualizado: fevereiro 11, 2025
Doenças como Alzheimer, fibromialgia e lúpus impactam significativamente a vida de milhares de pessoas. Este mês a Campanha “Fevereiro Roxo”, traz um alerta importante para as doenças neurológicas com o lema “Se não houver cura, que ao menos haja conforto”.
Para compreender melhor o impacto dessas doenças na vida das pessoas, o Acorda Cidade conversou com o neurologista Paulo Machado, que abordou os desafios e cuidados relacionados a essas condições. Segundo ele, o diagnóstico precoce e o tratamento multidisciplinar são fundamentais para melhorar a qualidade de vida e retardar a progressão das doenças. Essas condições exigem um cuidado especial tanto do paciente quanto da família.
“O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva, que compromete a cognição do paciente, onde o paciente fica dependente de terceiros e a fibromialgia é uma síndrome que se caracteriza por dores generalizadas e alterações de sensibilidade, evoluindo em muitos casos com depressão e ansiedade”. Em ambos os casos, o suporte emocional é fundamental para garantir uma melhor qualidade de vida dos pacientes.
“Você precisa realmente dar um suporte emocional ao paciente, dar um carinho afetivo maior, para que ele possa viver com uma qualidade de vida melhor, onde a gente vai estimular a prática de atividade física nos dois casos, que é muito importante e o tratamento com medicação que é essencial”.
Segundo o neurologista, o diagnóstico precoce é crucial para iniciar o tratamento adequado e retardar a progressão da doença. O Alzheimer por exemplo, é uma das principais causas de demência no mundo, e o especialista alerta para os sintomas iniciais. São sinais de esquecimentos, mudanças de comportamento e dificuldades em realizar tarefas simples que por muitas vezes, os pacientes já realizam há anos.
Já a fibromialgia causa dores intensas e generalizadas na musculatura e nos nervos, além de fadiga, alterações do sono e sensibilidade grande em alguns pontos de gatilhos. Quadros de perdas de memórias também podem ser registrados, assim como descontrole emocional por conta das dores.
O médico ressalta a importância de um tratamento multidisciplinar, que envolva não apenas medicamentos, mas também terapias como fisioterapia, psicologia e atividades físicas.
“O estilo de vida pode influenciar. Existem tratamentos hoje, infelizmente a doença é progressiva e irreversível, mas você pode entrar com uma medicação na tentativa de retardar o avanço da doença. Não só medicação, mas vem o suporte de psicólogo, terapeuta ocupacional, que vai promover uma série de atividades para ajudar a estimular o cérebro e a gente não ficar preso apenas à medicação”, afirma.
