Atendendo a orientação da Procuradoria Geral do município, a Prefeitura de Eunápolis determinou a interdição do prédio que deverá abrigar a nova sede da empresa de valores Prosegur, vítima de um ataque de bandidos, na madrugada de 6 de março. A interdição da nova sede, no final da Avenida Demétrio Couto Guerrieri (conhecida como Rua da Colônia), está marcada para as 14 horas desta quarta-feira (14).

Durante o ataque de bandidos houve uma grande quantidade de explosões, com objetivo de abrir o cofre da empresa. Essas explosões atingiram a integridade física da vários imóveis no entorno do antigo prédio da Prosegur, que fica à Rua Dr. Gravatá, centro de Eunápolis, obrigando, inclusive, a saída de alguns moradores de suas casas.

Diante disso, a Prefeitura de Eunápolis solicitou, sem sucesso até aqui, a abertura de diálogo para viabilizar o saneamento dos problemas causados pela operação criminosa do dia 06/03.

“Decorridas seis dias após o sinistro a empresa sequer se apresentou ao diálogo ou esclarecimento, sendo negadas pelos prepostos locais as medidas necessárias à solução das demandas surgidas”, segundo informou o subprocurador jurídico do município, Antônio Pitanga.

Com uma receita líquida de R$ 3,1 bilhões no ano de 2016, segundo a revista IstoÉ, o Grupo Prosegur é um dos maiores em segurança privada do país e já projeta fechar o ano de 2018 com faturamento aproximadamente 10% maior.

IRREGULARIDADES

A pedido da procuradoria jurídica do município, o Departamento de Tributos, por ordem do secretário de Planejamento e Finanças, Valdiran Marques, realizou um levantamento dos procedimentos adotados pela empresa com vistas à abertura da nova sede.

Após a constatação de irregularidades no seu funcionamento, a empresa foi notificada oficialmente na manhã desta quarta-feira, por meio do fiscal de tributos, Claudionor Nunes do Nascimento. que constatou que a empresa estaria funcionando sem as autorizações legais.

Na verdade, não só a Prosegur, muitas empresas, fábricas e indússtrias de Eunápolis funcionam em área residencial, deixando de obedecer às determinações do Plano Diretor Urbano da cidade. Como assalto do dia 6, quando moradores foram usados como escudo humano, a população passou a temer a vizinhança com empresas de seguros de valores.

Informações Blog da Rose Marie