Viviane Moreira \ Verdades Políticas

O Vereador Jonathan Molar, utilizou da sua fala na Tribuna da Câmara de Vereadores de Teixeira de Freitas para tecer fortes críticas à administração municipal.

“Eu gostaria de começar o ano de 2019 mais otimista do que terminei o ano de 2018, mas o ano de 2019 mal começa, e já começamos cheios de problemas. Aliás, os problemas continuam sendo os mesmos. A única coisa que mudou foi o ano, porque os problemas da cidade permanecem. Problemas de gestão, de condução de gestão. Continuamos tendo falta de diálogo, continuamos tendo uma centralização política exacerbada que dificulta o andamento da cidade”.

O vereador  criticou ainda a ausência do prefeito Temóteo Brito em reuniões e debates quando a situação se agrava, delegando sua responsabilidade para os secretários.

“Aqui Hermon, (secretário de educação) eu me solidarizo com você do seguinte ponto de vista, na hora de decidir, é o prefeito quem decide, mas na hora que a situação aperta, ele manda o secretário. Então eu pergunto a vocês, cadê o prefeito municipal para vir dialogar com os professores e com os vereadores? Ainda que ele (Temóteo) não cite meu nome, eu componho essa Casa Legislativa e gostaria sinceramente que ele estivesse aqui para me ouvir e ouvir a vocês. Para que ele visse a situação da cidade e o incômodo que os servidores públicos dessa cidade tem passado”.

Segundo Jonathan, uma gestão gerencial diminui os gastos desnecessários e aumenta a eficiência da gestão. Mas uma gestão patrimonialista , uma gestão conservadora como tem se mostrado a administração atual, que elege uma festa como prioridade e esquece de benefícios ao trabalhador, só prejudica a população.

“Cuidar de Pessoas e valorizar os servidores é obrigação e não um favor que está sendo feito para a população e para a cidade de Teixeira de Freitas.

O vereador criticou ainda a fala do prefeito que chamou de palhaçada a greve realizada por profissionais da saúde, pelo não recebimento do 13º salário que ficou mais de 30 dias atrasados.

“Os servidores da saúde fica mais de 30 dias sem o 13º, qque é um direito constitucionalmente garantido e neste mesmo lugar, o prefeito municipal chama a paralisação de palhaçada. É inadmissível, é vergonhoso  e deveria sair desta casa uma carta de repúdio à fala do prefeito municipal. Palhaçada é atrasar um direito do servidor sem ter avisado os servidores antes, e mais do que isso, ter esperado o servidor ir para rua para depois de 03 dias sob o sol quente , ai sim abrir negociação com os sindicatos. É por isso que eu digo, falta sensibilidade, mas também falta diálogo. Palhaçada, é deixar os pacientes da Unacon sem remédios e sem tratamento quimioterápico há mais de 45 dias. Precisamos ameaçar ingressar com uma ação na justiça para como mágica os remédios voltarem para Unacon”.

O edil lembrou ainda do passado, no ano de 1988, quando Temóteo Brito era o prefeito da cidade, e protagonizou um dos capítulos mais tristes da história da cidade, deixando a educação sucateada, e fazendo com que pais e mães de família que trabalhavam para o município passassem fome, pois os salários dos mesmos eram foram pagos.

Tristes momento de 1988 da administração Temóteo Brito

“Repete-se após 20 anos a mesma situação. E mais do que isso, pessoas da gestão querem dialogar, mas quem está acima da gestão não abre o diálogo. É necessário e é direito de vocês o reajuste do piso salarial do ano passado que não foi cumprido. O piso salarial deste ano, as condições de trabalho, entre tantos outros problemas. A luta de vocês não é uma luta apenas salarial, eu teno certeza disso. A luta de vocês é por dignidade, por cidadania. Já não basta ser professor neste país que é uma profissão desvalorizada, ainda temos que fazer enfrentamentos para fazer valer que nossos direitos sejam atendidos”.

Jonathan Molar, para uma platéia lotada de funcionários públicos em especial da educação, ironizou a fala do prefeito Temóteo Brito, que chamou funcionários públicos de palhaços, arrancando aplausos dos presentes.

“Queridas amigas palhaças, queridos amigos palhaços, estamos juntos na luta e tenho certeza que em 2020 nos trocaremos o rei do picadeiro”

Concluindo sua fala, o vereador cobrou postura do prefeito em relação uma promessa feita na campanha, quando mesmo concorria ao pleito eleitoral como candidato a prefeito.

“Encerrando a minha fala, meu pai e minha mãe desde pequeno me ensinaram que palavra foi feita para ser cumprida, e há dois anos atrás eu ouvi do gestor municipal de que se ele atrasasse um dia de salário ele renunciaria. Eu estou esperando a carta de renúncia aqui nesta casa”.