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Crianças correm mais risco de se contaminar em casa do que na escola, diz estudo inglês

Publicado em: 25 de agosto de 2020 Atualizado:: agosto 25, 2020

 

O governo britânico quer todos os alunos de volta às salas de aula a partir de setembro.

Foi um dever de casa complexo: depois de analisar mais de 50 mil escolas, o governo britânico concluiu que perder mais aulas causaria dano maior aos alunos do que a própria Covid. A saúde pública da Inglaterra afirma que o contágio é mais fácil dentro de casa do que na escola. Em geral, um dos pais infectou o filho.

Mais de 1 milhão de alunos de primário e pré-escola voltaram às aulas em junho e 70 pegaram a doença. No mesmo período, o total de casos na Inglaterra passou de 25 mil. Os alunos causaram oito surtos entre os 30 detectados em escolas. A maioria dos contágios começou com funcionários infectando outros funcionários ou alunos. Há muito menos transmissão de crianças para adultos do que entre adultos.

Ao todo, 128 funcionários pegaram a Covid. Os contágios em geral aconteceram na sala dos professores e cantinas. O governo pede mais distanciamento e circulação de ar nesses lugares.

A autoridade de saúde da Inglaterra não exige o uso de máscara nas escolas, mas a Organização Mundial da Saúde recomenda que estudantes com 12 ou mais anos cubram o rosto. A OMS cita evidências que sugerem que adolescentes têm o mesmo poder de contágio que os adultos.

Os dados do governo destacam “evidências esmagadoras” de que o risco de uma criança morrer de Covid é “incrivelmente pequeno”. A principal preocupação é que os alunos mais velhos passem a doença para parentes de grupos de risco.

O principal consultor médico do governo britânico acha que a volta às aulas é necessária, mas vai aumentar a transmissão. Menos pelas crianças e mais pelo encontro de famílias no portão ou a volta dos pais para o trabalho porque já tem onde deixar os filhos.

Chris Whitty disse que é preciso equilibrar os riscos. Ele afirmou que há a possibilidade de fechar bares ou lojas como compensação.

O estudo do governo veio uma semana antes da volta às aulas de milhões de alunos. Os estudantes já vão aprender na prática.

Os autores do estudo da Agência governamental de Saúde Britânica dizem que há limitações importantes a serem consideradas na pesquisa. Entre elas, que os dados foram coletados quando os números de transmissões estavam baixos, em instituições que seguiam protocolos rigorosos e recebiam menos alunos que o normal.


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