• SEJA BEM-VINDO

Caravelas: Polícia investiga crime de pedofilia dentro da Igreja

Publicado em: 17 de abril de 2018 Atualizado:: abril 17, 2018

 

Nos últimos anos a Igreja católica vem sendo alvo de denúncias de pedofilia em várias partes do mundo, inclusive no Brasil e em nossa região, a denúncia atinge o chefe dos coroinhas da Igreja de Santo Antônio em Caravelas.

Vitor Marques Daniel, líder dos coroinhas está sendo investigado em um caso de pedofilia que envolve vários menores. A denúncia partiu da mãe de um garoto de 13 anos que, segundo a denúncia foi estuprado pelo acusado dentro da sacristia da igreja.

O caso só foi descoberto depois que a vítima contraiu sífilis decorrente dos estupros provocados por Vitor. A vítima fazia parte do grupo de coroinhas da Igreja desde abril de 2017. Traumatizado, ele se afastou da Igreja após os abusos e vinha falando até em suicídio, segundo relatos da mãe para a mãe.

No boletim de ocorrência, registrado dia 13 de março de 2018, o menino relata que ele, uma irmã de apenas 08 anos e um primo eram ameaçados de morte pelo acusado dos abusos.

Segundo o Boletim de Ocorrência, o primeiro abuso, ocorreu na noite de 11 de maio de 2017. O garoto contou que foi fechar a igreja depois de uma missa festiva quando na sacristia Vitor começou a falar de sexo e revelou o desejo de ter relações sexuais com ele, ele disse não, nesse momento, ainda segundo a vítima, ele levou uma chave de braço por trás e que Vitor colocou uma chave de porta na garganta dele o jogou no chão e foi estuprado.

Naquela mesma noite, segundo o Boletim, após o estupro, Vitor enrolou seus braços e pernas com fita adesiva e também fechou sua boca com um pedaço da mesma fita. Em seguida foi colocado sentado no colo de Vitor, que simulou fazer sexo. Ao menos cinco abusos foram relatados pelo menino à polícia, o último ocorreu no dia 3 de fevereiro. Vitor, segundo o relato do menino, praticava nele sexo anal e oral.

A vítima relatou ao delegado Gilvan Prates, responsável pelo inquérito, que recebia do acusado as quantias que variavam de R$ 10 a R$ 70, pra que ele ficasse em silêncio.

No dia 25 de fevereiro começaram a aparecer bolinhas inflamadas no corpo do garoto, sinais da sífilis. Depois de feitos os exames que confirmaram a doença, o menino resolveu relatar o caso à mãe, que buscou auxílio no Conselho Tutelar.

Na Igreja, a função exercida por Vitor se chama Acólito. Outro caso de abuso sexual envolvendo o mesmo líder dos coroinhas está sendo investigado.

Vitor nega as acusações, mais segundo o delegado Gilvan Prates, os exames  constataram que Vitor possui sífilis, o que está sendo considerado pelo delegado como forte indício de que o depoimento da vítima é verdadeiro. Vitor é funcionário da Igreja que ainda não se pronunciou sobre o caso.

“Estamos já concluindo o caso. Vamos ouvir mais três testemunhas, todas da Igreja Católica”, declarou o delegado. Outro menino que teria sido abusado também foi ouvido pela polícia, mas negou ter sofrido a violência. “Mesmo com a negativa, ainda pedimos os exames para verificar se teve o abuso sexual, já que o menino pode ter ficado com medo de falar”, acrescentou o delegado.

O resultado do exame para constatar se este segundo menino tinha sífilis deu negativo. Na semana passada, a polícia solicitou à Igreja Católica que afastasse Vitor das funções na Igreja, mas o delegado não soube dizer se houve o afastamento.

O menino está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar de Caravelas e ele e a mãe têm recebido apoio psicológico e social por parte da Prefeitura local. “Ele está melhor da doença, agora conversa mais. Disse que não aguentava mais os abusos, mas tinha medo de contar. Se afastou da igreja”, disse a mãe. “Já eu, nem consigo ler direito o depoimento dele à polícia. Tem uns trechos que me dão angústia”.

Vitor alegou à polícia ter problemas psicológicos, argumento que o delegado avalia como frágil, diante da função a ele concedida pela Igreja.

Correio 24 horas


banner

VERDADES POLITICAS


Siga as redes sociais