Publicado em: 21 de setembro de 2017 Atualizado:: setembro 21, 2017
Nesta quinta-feira, 21 de setembro, é lembrado o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. O tema possui extrema relevância quando observamos que, no Brasil, mais de 45 milhões de pessoas tem algum tipo de deficiência, o que corresponde a quase 24% da população. Mas o que não é possível de se avaliar é a quantidade de pessoas vítimas de preconceito e discriminação, principalmente as crianças. Esse é o caso da Andrea Quadros, mãe da Júlia, uma adolescente que nasceu com encefalopatia crônica, mais conhecida como paralisia cerebral.
“Eu já sofri diversos preconceitos, os irmãos. Eu já tive pais que tiraram filhos da escola porque minha filha estava na sala. Eu já tive pais que viraram para as crianças e falaram ‘não chega perto dela porque ela baba e você pode pegar a doença dela’. Eu já ouvi de tudo né, e são dezessete anos de caminhada. E faz parte da pessoa sair do luto e ir à luta”.
Para ampliar a conscientização das pessoas e evitar o preconceito às crianças com deficiência, é preciso divulgar informações sobre o assunto e estimular debates, como explica a doutora Ellen de Souza Siqueira, que é neuropediatra da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
“Às vezes as pessoas realmente dão opiniões errôneas e sem saber toda a situação. Então a primeira coisa a se fazer é não dar uma opinião sem você conhecer a história da pessoa, sem você conhecer as dificuldades que a pessoa passa, tudo que a pessoa já está fazendo para lidar com aquela deficiência. Então, eu acho que o primeiro passo é a gente conscientizar mesmo a população. Dar as informações para todo mundo, para que todo mundo perceba o que é uma deficiência e, com isso, diminua a questão do preconceito”.
Além de elaborar mais conteúdos informativos sobre o assunto, o Ministério da Saúde está atuando para expandir o acesso das pessoas com deficiência aos serviços de saúde pública. Em 2011, o Governo Federal instituiu o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – o Plano Viver Sem Limite; A estratégia tem objetivo de articular políticas para garantir a inclusão social, a acessibilidade, o acesso à educação e a atenção à saúde das pessoas com deficiência. AC