Publicado em: 2 de novembro de 2019 Atualizado:: novembro 2, 2019
ma colisão frontal entre dois trens deixou 47 pessoas feridas na tarde desta sexta-feira, 1º, em Salvador. Não houve mortos e a maioria das vítimas sofreu ferimentos leves, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e do Corpo de Bombeiros da Bahia. A Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB) diz que vai investigar as causas do acidente.
A colisão aconteceu por volta das 15h30, entre as Estações Santa Luzia e Lobato, no Subúrbio Ferroviário. Em nota, a CTB afirmou que a batida foi de “leve intensidade” e que teria tomado “providências imediatas”. A operação do serviço foi interrompida e só será retomada na manhã de sábado, 2.
O coordenador do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu), Ivan Paiva, afirmou que nenhum dos feridos tem quadro de saúde grave e ninguém ficou preso às ferragens. Segundo diz, a maioria dos casos é de escoriações, suspeitas de fratura ou contusões. O Samu foi responsável por socorrer 41 vítimas. As outras seis receberam atendimento do 1º Grupamento de Bombeiros Militares.
Segundo Paiva, o lugar do acidente era de difícil acesso. “A via é pequena, o que fez com que algumas ambulâncias precisassem entrar de ré no local. As vítimas estavam estáveis, muita gente saiu andando e ocupou os trilhos”, disse.
Este não é o primeiro incidente com trens do Subúrbio em 2019. Em setembro, uma das composições descarrilou e deixou ao menos uma passageira ferida. No mesmo mês, um trem sofreu uma explosão na rede elétrica e provocou pânico nos passageiros. Com o susto, alguns pularam do veículo e acabaram ficando levemente feridos.
Hoje, apenas três trens operam no sistema, que transporta uma média de 10 mil passageiros em dia útil. A malha é composta por dez estações. O governo da Bahia planeja substituir o sistema e instalar um monotrilho para ligar o bairro do Comércio, em Salvador, à Ilha de São João, no município de Simões Filho, na região metropolitana.
Uma das vítimas, a trabalhadora autônoma Maria Cristina dos Reis, que estava no último vagão, contou ter vivenciado momentos de pânico. “Nunca vi uma coisa assim.” De acordo com ela, a batida ocorreu pouco tempo depois de o trem sair da estação do Lobato. “Foi aquele tombo, a gente ouviu o barulho, todo mundo caiu”, afirmou.
Como não teve nenhum ferimento mais grave, Maria Cristina disse que tentou ajudar a socorrer outras pessoas. “Vi gente sangrando, uma mulher com o braço quebrado, muita gente gritando, em pânico. Pensei que tinha ocorrido coisa pior.” Com o susto, muita gente passou a se jogar pela janela dos trens, já que as portas ficaram fechadas inicialmente.
Usuária assídua do serviço, ela cobrou que a manutenção dos trens seja feita mais efetivamente. “Tememos por nossa segurança”, lamentou Maria Cristina.