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Aumento dos casos de dengue faz crescer procura por plaquetas em Mato Grosso

Publicado em: 24 de maio de 2022 | Atualizado: maio 24, 2022

A escalada de casos de dengue em Mato Grosso tem aumentado a necessidade da transfusão de plaquetas no estado.

É como na doação comum; a diferença é que só as plaquetas vêm para a bolsa.

“A gratidão só aumenta de estar podendo ajudar alguém que está necessitando. Uma coisa tão simples, tão rápida, pode salvar até duas vidas”, diz o motorista Wanderson de Arruda.

 

Para separar só as plaquetas de uma bolsa de sangue, o processo demora, em média, dois dias e são necessárias até oito bolsas para encher uma de plaquetas. Já uma máquina otimiza a coleta: em uma só doação, ela separa a quantidade suficiente de plaquetas para abastecer uma bolsa.

“Ela é um pouquinho mais demorada porque a máquina extrai o sangue, processa e depois devolve a parte que para gente não é interessante naquele momento. Retira só a plaqueta. Então isso demora em torno de uma hora, uma hora e meia, para cada doador”, explica o gerente de doações do Hemocentro de Mato Grosso, Arnildo Lopes.

Em Mato Grosso, doadores estão sendo convocados para ajudar a repor o estoque do material no hemocentro. A demanda cresceu 30%.

“Estamos em um período que, teoricamente, não era mais para termos casos de dengue, mas os casos de dengue em nosso estado estão altos. Então é importante nós termos essa retaguarda”, afirma a diretora-geral do Hemocentro/MT, Gian Carla Zanela.

 

As plaquetas são células essenciais para a coagulação do sangue. Nos casos de dengue grave, os anticorpos produzidos pelo organismo para combater o vírus podem destruir as plaquetas.

A região Centro-Oeste do país é que mais tem casos da doença. Só em Mato Grosso, foram mais de 18 mil de janeiro a abril, mais que o dobro se comparado com todo o ano passado.

O caminhoneiro Marcos Nascimento de Oliveira teve o caso mais grave da doença e precisou receber doação. “O couro cabeludo eu coçava e começava a minar sangue, hematomas roxos pelas pernas, pelo corpo. A partir do momento que eu tomei as plaquetas, daí assim, no final da tarde, eu já estava me sentindo melhor, menos fraco”, conta.

O pedreiro José Marcolino da Silva doa sangue há 20 anos e foi um dos convocados para a missão de doar plaquetas, um exemplo que se orgulha em contar.

“Eu me sinto mais especial, porque a pessoa está chamando a gente para vir. Me sinto muito orgulhoso disso”, diz.

 


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