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Aumento do número de casos de coronavírus fora da China derruba mercados globais nesta segunda

Publicado em: 24 de fevereiro de 2020 Atualizado:: fevereiro 24, 2020

 

Mercado teme efeitos do coronavírus na economia global — Foto: Reuters

Mercado teme efeitos do coronavírus na economia global — Foto: Reuters

O aumento no número de casos de coronavírus fora da China abalou as principais bolsas do mundo nesta segunda-feira (24), com os investidores temendo que a epidemia possa se alastrar e receios de um impacto maior no crescimento global. As organizações internacionais monitoram o aumento do número de novos casos especialmente na Coreia do Sul, Irã e Itália.

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Na Europa, o mercado acionário amargou perdas de US$ 474 bilhões (quase R$ 2 trilhões) e a maior queda percentual intradia desde que o Reino Unido votou para sair da União Europeia em junho de 2016. Nos Estados Unidos, os índices S&P 500 e Dow Jones registraram o pior desempenho diário em dois anos, segundo a Reuters.

Nas principais bolsas do mundo, a maior queda foi registrada em Milão. O índice FTSE/MIB recuou 5,3%, após a Itália confirmar 7 mortes e informar que ao menos 190 pessoas foram diagnosticadas com o vírus, com parte do norte industrial do país praticamente em isolamento.

Mercado tenso — Foto: Arte/G1

Mercado tenso — Foto: Arte/G1

Nos EUA, o Dow Jones recuou 3,56%, a 27.960,8 pontos, enquanto o S&P 500 teve queda de 3,35%, para 3.225,89 pontos, e o Nasdaq caiu 3,71%, para 9.221,28 pontos.

O índice de volatilidade VIX do Cboe, apelidado de “índice do medo” de Wall Street, disparou nesta segunda-feira, subindo 46,55% na sessão e alcançando nova máxima desde a correção vista em dezembro de 2018, ao alcançar os 25,03 pontos.

“Enquanto o número de casos relatados na China continental continua a cair (409 novos casos no domingo contra 648 no dia anterior), o aumento de infecções fora da China parece agora ser a nova força motriz das preocupações dos mercados”, disseram em nota estrategistas do Royal Bank do Canadá.

Na China, o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou em queda de 0,4%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,28%.

No Brasil, o mercado de ações e os bancos estão de folga devido ao carnaval e só reabrem na quarta-feira (26). Na sexta-feira, o dólar atingiu pela primeira vez R$ 4,40 e fechou a R$ 4,3926 na venda. Já o Ibovespa fechou em queda de recuou 0,79%, a 113.681 pontos, acumulando perda de 1,70% no ano.

Em Nova York, os principais ativos brasileiros fecharam em forte queda. O maior fundo de índice (ETF) brasileiro de Wall Street, iShares MSCI Brazil, ou EWZ, caiu 4,99%. Já o Dow Jones Brazil Titans, que reúne ações de empresas brasileiras negociadas em Nova York, recuou 4,81%.

O declínio das ações também ocorre após reunião de ministros das finanças e chefes de bancos centrais das 20 maiores economias industriais, no qual as autoridades advertiram que o surto que começou na China está ameaçando descarrilar o crescimento mundial.

Petróleo cai e ouro avança

A busca por ativos considerados mais seguros também fez saltar o preço do ouro em mais de 2%, para US$ 1.684,60 a onça (28,34 gramas), maior valor em 7 anos.

Os preços do barril de petróleo recuaram nesta segunda-feira. O Brent teve queda de 3,8%, sendo negociado a US$ 56,30. Já o barril WTI perdeu 3,7%, a US$ 51,43.

“Os relatos da disseminação do coronavírus estão aumentando o medo de destruição da demanda”, disse o analista do Price Futures Group em Chicago, Phil Flynn. “Quando vimos a grande queda no mercado de ações, os comerciantes de petróleo estavam vendendo primeiro e fazendo perguntas depois.”

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Avanço do coronavírus

Uma alta de novos casos de infecção pelo Covid-19, o coronavírus, em países como a Itália, a Coreia do Sul e o Irã nesta segunda-feira aumentou o receio de que haja uma pandemia da doença.

O vírus infectou cerca de 77 mil pessoas e já matou mais de 2.500 na China, onde ele se originou no ano passado.

Na Itália, 7 mortes foram confirmadas, no Irã, 12, e na Coreia do Sul, 7.

Entenda o impacto econômico da epidemia do novo coronavírus


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