Publicado em: 23 de agosto de 2019 Atualizado:: agosto 23, 2019
Cidades litorâneas inteiras podem desaparecer se não forem adotadas medidas para frear os efeitos do aquecimento global. Ao menos, esse é o diagnóstico feito pelos cientistas que debateram o assunto durante a Semana Internacional do Clima, em Salvador, nesta quarta-feira (21).
Segundo o presidente e principal negociador da Aliança dos Pequenos Estados Insulares (AOSIS), Carlos Fuller, cerca de 3 bilhões de pessoas vivem em cidades litorâneas no mundo todo e dependem dos oceanos para sobreviver.
“O aumento do nível do mar vai colocar a vida dessas pessoas em risco. As cidades a beira mar estão vulneráveis, então, precisamos começar a discutir sobre como viver nesse mundo em transformação e não destruir tudo”, afirmou.
A situação mais crítica é das ilhas do Caribe. Em Belize, 70% da população vive na costa e abaixo do nível do mar. Para a presidente da Future Ocean Alliance, organização que coordenou o debate junto com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Isabel Noronha, o problema afeta diretamente os brasileiros.
“As pessoas estão baseadas na terra, mas têm várias atividades econômicas no mar. As cidades costeiras, como Salvador, precisam dos recursos do mar porque são eles que trazem renda para a comunidade”, afirmou.
“O aumento do nível do mar e a acidificação dos oceanos são os desafios que a crise climática apresenta na perspectiva dos oceanos, e a prefeitura tem feito ações para tentar minimizar esses impactos”, disse.